Luís Capucho
março 26, 2020
Escritor, cantor e compositor nascido em 1962, em Cachoeiro do Itapemirim – ES. Estudou letras na UFF e começava a lançar sua carreira na música quando, em 1996, entrou em coma devido a uma doença causada pela AIDS, que ele só viria a descobrir ao retomar a consciência. Esses problemas de saúde lhe deixaram com dificuldades motoras, que transformaram para sempre sua voz e dicção. Essas novas possibilidades de corpo que as sequelas deixaram foram incorporadas à estética de suas músicas. Teve composições gravadas por Cássia Eller e Pedro Luís e a Parede, e lançou os álbuns próprios “Lua Singela (2003), “Cinema Íris” (2012), “Antigo” (gravado em 1995 e lançado em 2012) e “Poema Maldito” (2014) e “Crocodilo” (2019). Na seara literária, escreveu seu primeiro livro Cine Orly (1999), enquanto se recuperada desses problemas de saúde. Essa “ficção autobiográfica” narra de maneira explícita suas experiências em cinemas pornôs do Rio. Seu segundo livro, Rato (2007), narra a história de uma bicha e sua mãe no convívio de uma pensão habitada por personagens marginais. O seguinte, Mamãe me adora (2012), foi inspirado na relação com sua mãe. O mais recente, Diário da Piscina (2017), trata de memórias do período 2000 – 2001, quando fez da fisioterapia para se recuperar das sequelas do coma. Sua obra já inspirou peça de teatro e um filme que está em produção. Atualmente, Capucho está gravando seu próximo álbum: “Homens Machucados”.
Obras selecionadas: “Lua Singela”, “Cinema Íris”, “Crocodilo”, “Mamãe me adora”
Links:
https://www.luiscapucho.com.br/blog-azul
https://open.spotify.com/artist/1qgfpvJ1eZEDYLovWxsLau
https://www.luiscapucho.com.br
https://www.youtube.com/user/luiscapucho
Palavras-chave: Música; literatura; pegação; vivências HIV+